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Quando percebi era uma aurora
O tempo-tempo. Uma obsessão quase científica. O fotógrafo diz que o mundo “é para os fortes”. Por isso, as galáxias. Por isso a natureza-natureza, o homem-mar sobre a rocha-mirante. A fotografia se desloca. O que vai além será sempre a nossa busca diante da solidão cósmica. O tempo-tempo inserido nas ondas das antenas parabólicas. Por isso as repetições. O fotógrafo respira. Repete. Repete. A imagem já não basta. O objeto ultrapassa a mancha fotográfica.
A espera derrete segundos. O que esse homem quer dizer? Ele sugere Deus e logo em seguida o apaga. Num corpo invisível observa o universo a partir de uma antena-chaise-longue. Seu astronauta é um homem que também é uma miniatura, uma espécie de super-herói sem retorno. Sim, o mundo “é para os fortes”. Deixe disso. O mundo é para os que sabem enxergar. Ver já não basta. Fotografia já não basta. A garra da traquitana, esse esqueleto de aço-negativo na extremidade poderá modificar o pensamento: diodo emissor de luz, pinças, filme 35mm, ET CETERA assim por diante, os demais, o restante. Fotografia, apenas fotografia já não basta. Ciência versus metáfora. Os Deuses estão exaustos. Feco Hamburger está só.
When I noticed it was an aurora
The time-time. An almost scientific obsession. The photographer says that the world “is for the strong”. Hence, the galaxies. Hence the nature-nature, the man-sea over the rock-pinnacle. Photography shifts. What goes beyond will always be our search in the face of cosmic solidarity. The time-time inserted in the waves of the parabolic antennae. Hence the repetitions. The photographer breathes. Repeats. Repeats. The image is no longer enough. The object goes beyond the photographic mark.
The wait melts seconds. What does this man mean? He suggests God and then promptly erases him. In an invisible body he observes the universe from an antenna-chaise-longue. His astronaut is a man who is also a miniature, a kind of super hero with no return. Yes, the world “is for the strong”. Give me a break. The world is for those who know how to see. Seeing is not enough. Photography is not enough. The tenacious contraption , this skeleton of steel-negative with its grip at the end might change the thought: light-emitting diode, clamps, 35 mm film, ET CETERA and so on, the others, the rest. Photography, only photography is not enough. Science versus metaphor. The Gods are exhausted. Feco Hamburger is alone.